E se fosse possível transformar uma simples descrição em texto em uma interface funcional, sem escrever uma linha de código? Essa é a proposta do Figma Make, um dos novos produtos anunciados durante o Config 2025, evento global da Figma. Alimentado por inteligência artificial de última geração, o Figma Make promete acelerar o processo de prototipagem, eliminar barreiras técnicas e democratizar ainda mais o design de produtos digitais.
Neste artigo, você vai entender como o Figma Make funciona, quais os principais benefícios e como ele se diferencia de outras soluções do mercado.
O que é o Figma Make?
O Figma Make é uma ferramenta de prototipagem assistida por IA capaz de transformar prompts de texto em protótipos de interfaces funcionais. Basta descrever o que deseja — por exemplo, "tela de login com dois campos, botão e opção de lembrar senha" — e a plataforma constrói automaticamente a estrutura visual correspondente.
Ele representa uma evolução do conceito de “prompt-to-design”, permitindo a criação de wireframes e layouts de maneira instantânea, com ajustes assistidos por IA para formatação de texto, posicionamento de elementos e estilo visual.
Segundo a Figma, o objetivo do Figma Make é ajudar equipes a iniciarem mais rapidamente seus projetos, reduzindo etapas repetitivas e incentivando a experimentação desde o primeiro rascunho.
Principais recursos do Figma Make
Prompt-to-code
Insira uma descrição em linguagem natural e o Figma Make entrega o layout correspondente, pronto para ajustes ou testes.
Edição assistida por IA
Comandos como “aumente o espaçamento entre os cards” ou “deixe os botões em azul escuro” podem ser interpretados e aplicados automaticamente.
Ajustes em tempo real
A ferramenta permite alternar entre visualizações, mover elementos no canvas e experimentar rapidamente novas variações com suporte contextual da IA.
Integração com Dev Mode
Prototipar e já entregar o material com specs e assets compatíveis com desenvolvimento? Com o Make, isso está integrado.
Multilinguagem e contexto de projeto
A IA entende descrições em diferentes idiomas e considera o histórico e o estilo do projeto para sugerir melhores soluções visuais.
Por que isso importa para designers e desenvolvedores?
Mais velocidade: o tempo entre o briefing e o primeiro rascunho caiu drasticamente. Em vez de horas, o designer pode apresentar uma proposta visual em minutos.
Inclusão de novos perfis no processo de design: gestores, redatores e profissionais não técnicos conseguem interagir diretamente com o design de produtos por meio da IA, gerando protótipos colaborativamente.
Redução de retrabalho: com a IA entendendo contexto e padrões visuais do projeto, as entregas se tornam mais consistentes, e a iteração, mais fluida.
Como o Figma Make se diferencia?
Diferente de soluções como GitHub Copilot (voltado para código) ou Gemini Code Assist, o Figma Make é projetado especificamente para fluxos de design. Ele une criatividade, usabilidade e eficiência, respeitando as boas práticas de design visual e responsividade.
Além disso, o Figma Make permite editar os elementos gerados pela IA como se fossem objetos nativos do Figma, mantendo o controle total do projeto nas mãos do designer.
Disponibilidade e acesso
Atualmente, o Figma Make está em fase beta fechada e disponível para um número limitado de usuários com planos avançados da plataforma. A previsão de lançamento é para a primeira metade do segundo semestre de 2025.
A Figma também destacou que está explorando como o Make poderá integrar-se a outros produtos do ecossistema, como o Figma Design, o FigJam e o Dev Mode, ampliando ainda mais suas aplicações.
O Figma Make é uma amostra concreta do futuro do design digital: mais acessível, inteligente e colaborativo. Com ele, criar protótipos deixou de ser um processo técnico e passou a ser uma extensão direta do pensamento criativo. Se você trabalha com design de interfaces, produto ou inovação, vale a pena acompanhar de perto essa nova fase da Figma — e se preparar para um novo ritmo de trabalho.
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